quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

TAL PAI TAL FILHO

O Jovem Protagonista não podia deixar de lado as expressões musicais dos anos 70, por isso trazemos para você o multi-instrumentista Gabriel Geraissati, que teve em casa o exemplo de seu pai André Geraissati que fez muito barulho com "Os Mutantes".

Aproveite nossa entrevista.



Que tal conhecer André Geraissati?




Mariana Ruschi

DIRETAS JÁ

Adalberto Viviani foi um grande revolucionário na sua juventude,o Jovem Protagonista fez uma entrevista exclusiva com ele.Divirta-se.



Nome- Adalberto Viviani
Idade-52 anos
Profissão-Publicitário

Qual foi a sua participação nas "Diretas Já"?

As Diretas Já foram resultado de um conjunto de mobilizações. O movimento explodiu em 83 mas em 1982 começavam as discussões especialmente em setores de esquerda. Eu era ativista de uma organização chamada Convergência Socialista. Nesta organização eu era um dos responsáveis pela organização dos atos, divulgar, mobilizar, organizar atividades com outros grupos. Organização.



Resumidamente, explique o que foi as “Diretas Já” para você, e o que isso trouxe de positivo e/ou negativo pra sua vida pessoal.

O movimento das Diretas Já trouxe para a cena política a sociedade como um todo. O que aconteceu é que de 1964 até 1979 houve um afunilamento da participação da sociedade na vida política. Os movimentos de resistência aconteceram em organizações pequenas e pouco enraizadas. Na década de 70 houve uma mobilização nos setores estudantis e em 1977 começa a retomada dos movimentos sindicais, especialmente na região do ABC. Este movimento era ainda setorizado e apavorava a classe média. Ainda havia a repressão e um recrudescimento da crise econômica. Com a anistia houve o retorno de muitos exilados, cresceu a pressão contra o governo militar e a sociedade passou a ficar mais sensibilizada com o tema. Mas a sensibilização democrática tinha a raiz do desencantamento do País do Futuro.

O movimento das Diretas construiu um processo de unidade da sociedade em uma causa comum. As mobilizações históricas criaram um processo de unidade. Pessoalmente as Diretas constituíram um processo em que é possível tornar sonhos em realidade. Imaginar uma sociedade justa e lutar por ela. Concretizar. É possível mudar desde que se dedique a esta mudança.

A comunicação é a ferramenta mais importante nesses movimentos revolucionários, hoje nós temos acesso a mídias que na época das “Diretas Já” eram inimagináveis. Como o movimento trabalhou a comunicação dos ideais? Qual era a forma de chamar a atenção das pessoas pra mostrar que as “Diretas Já” era um movimento importante e que deveria ser visto e analisado pela população?



A comunicação não é o processo mais importante de um processo de mobilização. O mais importante é haverem as condições objetivas para a mudança. E a comunicação é um instrumento para propagar e unir pessoas. Mas o que as leva para as ruas é a necessidade objetiva. Sem ela a mobilização não acontece. O contrário desta moeda é o seguinte: as organizações de esquerda perderam o contato com os movimentos sociais. A maneira como elas tentam dialogar com os jovens se perdeu. Falam e não são ouvidos. Na verdade não existem as condições objetivas para a proposta que eles tem. Não há mais aderência. Mas volta e meia ela reaparece.

Como você julga a participação do jovem atual na política brasileira? Qual a sua opinião sobre o movimento Ocupa Sampa, e todos os outros Occupy que acontecem no mundo hoje?



Acho a participação baixa, mas explicável. O Brasil entrou em um ciclo de prosperidade. O país cresce, as condições de vida melhoram. Os jovens se mobilizam por questões distintas. Assim, as reivindicações mudam e a visão ampla de mundo tende a ser alterada. Também vejo diferenças entre os movimentos no exterior e no Brasil. O movimento na Europa e EUA tem como raiz o questionamento da globalização, da crise econômica onde efetivamente a crise existe. É uma mudança de paradigma. A crise atinge os países desenvolvidos. No Brasil o movimento tem menor aderência pois o diálogo sobre o tema está esmaecido pelo desenvolvimento econômico. Ele tende a ter um perfil distinto.



Uma grande diferença entre o movimento “Occupy” e as “Diretas Já” é que os novos movimentos se auto denominam como apartidários, você acha que é possível que se instale um ideal apartidário nas pessoas a partir desse movimento? Qual era a posição política das “Diretas Já”?

O Diretas Já era suprapartidário. Todos os partidos estavam juntos. Os movimentos de ocupação ainda devem responder a uma pergunta: em que mundo querem viver e como chegar a ele? Não vai bastar pressionar os líderes mundiais. Será preciso substituí-los. Assim, ele pode ser apartidário, mas nunca apolítico. E daí para se aliarem a movimentos políticos será não apenas um passo, mas também uma necessidade. Se não houver um tipo de organização a mobilização vai se dissipar.



Na sua visão, qual a importância da internet nesses novos movimentos? Você acha que as redes sociais, as novas mídias, fazem a diferença pra conscientização das pessoas? Por quê?

A internet e as redes sociais são importantes fundamentalmente por diversos motivos. Em primeiro lugar dão velocidade real aos acontecimentos. Também descentraliza a discussão e talvez isso seja o mais importante. O pensamento se torna coletivo, pelo bem e pelo mau. Uma opinião encontra adeptos, contraditos e versões imediatamente. Existe sempre o risco de construção de uma onda de dispersão de foco. Mas a descentralização do pensamento é uma característica e uma oportunidade.

Já com relação a conscientização acho que elas podem fazer a diferença. Mas ainda me espanta alguém colocar uma citação séria, sobre um tema importante, no Facebook e duas pessoas curtirem. E depois dizer “estou preso no congestionamento” e a mensagem ter 80 comentários. É um perfil da sociedade em que a notícia é postada. Não é um problema do meio. É um desenho da realidade.

André Azambuja

A IDEOLOGIA PARA OS JOVENS

Ideologia no senso comum são conjuntos de idéias, doutrinas, é uma visão de mundo para o indivíduo como, uma religião onde a pessoa acredita em algo, a ponto de ter todos os seus hábitos voltados para isso.Antes dos anos 60, todos viviam sobre uma ideologia nunca questionada.
Foi então que veio um grande movimento de contracultura, tudo começou na década de 60, os Estados Unidos estava em pós- guerra, onde a transformação provocou muitas mudanças nos hábitos dos jovens .Os jovens que sempre se submeteram a ideologia ensinada por seus pais e diante do contexto de pós-guerra,foram criar sua própria cultura.
Em 62 o mundo conheceu os Beatles, e Elvis que já era muito famoso foram ícones da década de 60 para nova formação da ideologia. Foi então em 69 que houve um grande evento o Festival Woodstock, onde os jovens lutavam pela ideologia do "Paz e Amor". Eles queriam provar que, mesmo as lutas ideológicas e pacíficas podem obter sucesso.

Conheça mais a historia de Woodstock com esse vídeo:


Nos anos 70, a luta perdeu força, o movimento foi marcante mais por poucas vezes obteve resultados, mas a briga pela igualdade, luta pelo meio ambiente, começaram a ser mais freqüentes no dia a dia. As pessoas param de seguir uma ideologia pré formada para formar, criar e acreditar no que lhe desse mais conforto e felicidade, ou ate não ter uma ideologia, como cazuza diz na música "Ideologia eu quero uma pra viver".
As ideologias são ideias necessárias para que as pessoas tenham um sentido para viver, como ter fé em Deus, ou acreditar no Buda. Nos dias de hoje,há diversas ideologias, e utilizamos nossa ideologia para defender comportamentos e ideia.


Grupo "Opinião" censurado.



Mariana Ruschi

A PUBLICIDADE NOS ANOS 60

Na década de 60 se veiculava muita propaganda boa e criativa, mas também algumas politicamente incorretas veiculadas por empresas como: Coca-Cola, Esso, JWT, Knorr, Gelatina Royal, Leite Moça e Helmann´s que exageravam descaradamente para o público como esses exemplos abaixo:

“Isto faz um bem”, slogan um pouco exagerado. “São tão gostosas que garantem sua fama de boa cozinheira”, a frase sugere uma pequena mentira onde a Knorr faz a comida, mas você pode dizer que foi você quem fez.

Claro que nem de exageros se fez a publicidade dos anos 60, segundo o filósofo e educador canadense Marshall McLuhan (1911 – 1980): “A propaganda é a mais importante forma de arte do século XX”, foi justamente no século XX que a ideia de arte na propaganda ganhou força. No começo do século, na década de 20, por exemplo, era comum se confundir anúncios com reportagens de jornais, ou seja, eram apenas informações. Como a música foi uma forte arma dos jovens para vender os seus ideais, a publicidade não poderia ficar de fora e caprichou nos jingles usando grandes artistas da época como Roberto Carlos e Os Mutantes, como o exemplo abaixo do ano de 1968, um jingle da SHELL estrelado pela banda “Os Mutantes”:




O rádio sendo um forte meio de comunicação dos anos 60, os publicitários usavam muito bem a criatividade nos jingles, como este exemplo da SHEEL acima, mas com certeza essa campanha da maionese Helmmans (apesar de não ser pro público jovem), foi a que mais me chamou a atenção.



André Azambuja

O HIPPIE CONTEMPORÂNEO

Fizemos o retrato fotografico onde nosso personagem foi uma "O Hippie contemporânea" ficou muito divertido!
"O retrato fotográfico e a criação de personagens.

Os alunos do primeiro semestre de Publicidade e Propaganda receberam a proposta de criar um ensaio fotográfico que retratasse um personagem contemporâneo caracterizado por elementos de um determinado período histórico estudado.

O objetivo principal do trabalho foi o de sintetizar as características culturais do período pesquisado e expressá-las na composição de um personagem atual, com figurino e cenário que remetessem à atmosfera cultural do momento histórico escolhido para a produção do ensaio fotográfico. Dessa forma, os alunos puderam manifestar uma compreensão sobre os processos de transformação da cultura, da sociedade, e também explorar a fotografia como meio de expressão / comunicação.

.

Os ensaios fotográficos produzidos são caracterizados por traços da fotografia de moda e da fotografia publicitária. Essa junção demonstra que os limites entre as linguagens estão hoje, cada vez mais tênues, tornando a criação publicitária mais complexa e com mais possibilidades a serem exploradas. Ao trabalharem na articulação entre o retrato, o editorial de moda e de publicidade foi possível para os alunos perceberem as intersecções entre as linguagens, e explorar as características de criação de ficção oferecidas pela fotografia para a criação dos personagens imaginados." Por Tatiana Pontes – Professora de Fotografia.
O Nome de nossa modelo é Danielle Satriani.

MÚSICA NOS ANOS 60

Na música não há dúvidas de que os anos 60 foram muito importantes. Artistas já consagrados no mundo deram continuidade no seus trabalhos, músicos como: Elvis Presley, Ray Charles e James Brown que foram pessoas que marcaram o final da década de 50. Em uma continuação do Rock´n Roll surgiram bandas como Beatles, Rolling Stones, The Who, Pink Floyd, The Doors, Bob Dylan E Jimi Hendrix. Apesar da grande notoriedade do Rock´n roll na época, a década de 60 também foi marcada pelo aparecimento de artistas como: B.B. King, Jhonny Cash e The Beach Boys, além de artistas brasileiros bem consagrados no mundo como "Os Mutantes", que inclusive é uma recomendação do livro "1001 Discos para se ouvir antes de morrer", eles entram com o disco "Os Mutantes" e está sendo recomendado em um livro onde se recomenda Beatles, entre outros de nível musical parecido, mostrando assim a importância da banda.



No Brasil, os anos 60 também tiveram influência do bom e velho Rock´n Roll, mas ao mesmo tempo, havia movimentos nacionalistas da música como o festival que aconteceu em 1967. O festival intitulado de "Festival Nacional da Música Popular brasileira", era uma crítica ao uso de guitarras elétricas e teve a presença dos artistas mais importantes da época: Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Edu Lobo, Roberto Carlos e Sérgio Ricardo. O festival é mostrado no filme "Uma noite em 67"; o que mostra a repercussão e importância de tal evento no país. Não poderia esquecer também dos artistas da época e que sem nenhuma sombra de dúvida marcaram época: Antônio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes, Toquinho, Gal Gosta e Maria Betânia.





Além da importância cultural já pertencente à música por si só, os grandes artistas dos anos 60 foram marcados por suas ideias revolucionárias e muitas vezes lutando por paz, liberdade e igualdade, tema que é visto como atual até os dias de hoje, portanto, muitos artistas que fizeram história nos anos 60 através da música eram pessoas avançadas no seu tempo e já faziam arte com um propósito e um ideal. Ideias que no tempo da ditadura (no Brasil) foram pagas com o exílio e prisão de artistas como Gilberto Gil e Caetano Veloso, e alguns dos exilados na época até hoje não se sabe por onde andam.

1969 O ANO QUE MUDOU NOSSAS VIDAS.

O filme se passa em uma cidade do interior dos EUA, e como o próprio título diz durante o ano de 1969, final de uma década inesquecível e revolucionária. Os personagens principais são Ralph e Scott (Robert Downey Jr e Kiefer Sutherland) eles estão cursando a faculdade e se deparando com diversos questionamentos e ideais utópicos.


O irmão de Scott parte para a guerra do Vietnã, e isso da início a uma série de discussões em sua família, seu pai (ex-soldado) apoia que o garoto vá para a guerra mas Scott e sua Mãe desaprovam a Guerra e seus motivos. A guerra começa a assustar alguns jovens, muitos tem medo de morrer em combate e além disso não entendem o motivo real pelo qual estão lutando.
Os garotos decidem então entrar na escola sem serem vistos procurar as pastas com seus registros e queimarem a convocação para guerra, porém a polícia aparece no local e Ralph acaba sendo preso, Scott não é pego e Ralph não entrega seu amigo na prisão.
Pouco tempo depois o irmão de Scott morre em combate, Scott então movido por ódio e vontade de revolução desperta no velório de seu irmão um questionamento sobre os reais motivos da guerra e em seu discurso diz que vai lutar contra a guerra, e quem quiser ir com ele será bem vindo, todos do velório começam a caminhar na direção de Scott que tira Ralph da cadeia e lidera em sua cidade uma passeata contra guerra que realmente aconteceu nos EUA, e juntou aproximadamente 70.000 pessoas.

Mariana Fernandez